quinta-feira, 3 de abril de 2008

Silêncio Desvastador


Como nos doi,
Tudo e o Nada.
Não adianta lutar,
Aperdição é certa,
Dura poderosa, avassaladora, desvastadora,
Arrasando por completo as nossas vidas.
Depois,
Vêm as Eras de pacifismo,
Com tudo arrasado,

Só se vêem os restos,
Sem movimento,

Sem vida,

Sem nada.
Só se ouve o silêncio predominante,
Lembra cidades desertas,
Onde se ouve o som do vento a passar.

Como águas passadas,
Transparentes e rosadas,

Pelo sangue que nelas passou,

Derramado por motivos absurdos,
Sem lógica,
Fazendo com que outros sofram ainda mais,
Fazendo-os deramar o seu próprio sangue,

Porque desistiram,

Desistiram da Dor,
Desistiram da Tristeza,

Desistiram de tudo isto,

Esquecendo-se do bom que tiveram,
Só para não obter mais o que não desejaram.

Memórias


Tantas crianças...
Também numa festa de anos para miúdos de 7 anos...

Não é de edperar outra coisa...
Mal me lembro como eram as nossas brincadeiras...

Agora ouço tudo o que dizem e não percebo o que querem dizer,

Nem sequer sei como reagir,
Não sei como falar com elas...
Tou no 7º aniversario da minha prima.

Desde pequena,

Antes dela nascer já eu vinha para este sotão.
Sempre gostei da sala ao lado,
Sempre,
Ao longo de todos estes anos,
Até à remodelação desta.
Era um quarto lindo quando tava às escuras,

Dáva-lhe lá o brilho da lua, e era ainda mais lindo quando era lua cheia.

Lembro-me que tinha lá um peluche enorme,
Um Leão.
E eu gostava imenso dele.
Também, sempre gostei de animais e "bichos esquesitos".
Era, e é, uma panca.
Agora esse mesmissimo quarto está iluminado,
Transformado numa sala de jogos para crianças.
O Leão também desapareceu.
Tenho saudades...
O Tempo passa depressa...
Demasiado depressa...
Assusta-me...
Mas não posso mudar nada,
Só continuar em frente.


Nunca fui muito adepta de festas como estas,

Deixam-me desconfortavel,
No meio de tanta gente.
Não tem ninguém que me interésse,

Com quem me r
elacionar.
Custa-me ir lá em baixo para ir comer,

Está lá muita gente,
Que me mira,

Que observa cada passo que dou.

Ficar aqui,

De momento, é o que acho que seja melhor,
Só desço quando tiver mesmo que ser,
Até lá fico aqui,
A recordar-me da infância que tive,
E o quanto eu a podia ter aproveitado...