Pelos céus,
As penas dos meus pensamentos.
Voam do Laranja enjaulado
E da Luz intermitente que persiste existir sem nada iluminar.
Voam daqui a além
Só para terem vislumbres dos teus belos cabelos,
E brisas suaves do teu doce perfume.
Para ouvirem a tua doce voz,
E terem vislumbres dos teus belos olhos.
Sabem que é errado,
Mas é impossível resistir à tua bela e doce existência,
Aos encantos desta tua natureza.
No entanto,
Voam os pensamentos das minhas asas,
Para o próximo "Reino dos Céus",
Ou para o refugio das Histórias que persistem em gozar-me.
Gozam-me com os seus "finais-felizes",
Com os seus Príncipes e Princesas,
Com as suas "Magias de Pilim" e Varinhas de Condão.
...
Com a certeza de um Amor não incerto
Que te encontra a ti,
Mas não a mim;
Que encontra o Céu,
Mas não a Terra;
Que se perde na busca das núvens
Enterrando, por fim, o meu corpo alado e pensativo:
As minhas asas comprimidas por entre camadas de matérias e sedimentos,
Os meus pensamentos pressionados pela solitária solidão
E as minhas penas perfuradas por grãos minúsculos de areia, pó e cinzas.
Porque te encontrou a ti,
Mas a mim não:
Pois estou aqui:
Debaixo do chão.
20.6.09
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